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Linhas de Fuga e Movimentos de Territorialidade q1u1z

Por Jorge Aziz em 01/04/2025 às 10:39:09

Green New Deal: Uma linha de fuga desde os territórios

Na encruzilhada entre a esperança e o colapso, a pergunta ressoa: o movimento ecológico perdeu? A edição de abril do Green Europe Journal toca nesse ponto, olhando para o esvaziamento da palavra de ordem Green New Deal, ameaçada pela guinada conservadora de Trump nos EUA, pelos efeitos da guerra na Europa e pela reconfiguração da política energética global. Mas o que essa pergunta diz ao Brasil — e a nós, aqui de Macaé?

Diz que o momento exige atenção e ousadia. Diz que é hora de transformar slogans em territórios vivos, onde transição energética e justiça social caminhem juntas.

A política climática está em disputa

O Green New Deal nunca virou lei nos Estados Unidos, mas moldou políticas como o Inflation Reduction Act — o maior investimento em energia limpa da história americana. A volta de Trump à Casa Branca ameaça congelar esses avanços, interrompendo programas e enfraquecendo compromissos. Na Europa, protestos de agricultores, a inflação e o cansaço social colocam o Pacto Verde sob pressão. Na China, a transição energética avança com mão de ferro estatal — e contradições ambientais que se exportam para países como o Brasil.

Em todos os cantos, está em jogo o futuro do planeta. Mas esse futuro não será decidido em cúpulas fechadas ou relatórios técnicos: ele será decidido nos territórios.

Macaé, Brasil: território-chave

Macaé é exemplo vivo dessa encruzilhada. Polo nacional da indústria do petróleo e gás, cidade estratégica na Bacia de Campos, ela concentra termelétricas, portos, aeroportos, redes de dutos e infraestrutura que alimenta o modelo fóssil. Mas também vive as dores desse modelo: aumento do custo de vida, desigualdade urbana, pressão sobre o saneamento, impactos ambientais acumulados.

É também em Macaé que se pode construir um novo caminho. Uma transição que combine tecnologia com participação, reflorestamento com energia renovável, desenvolvimento com equidade. Aqui, um Green New Deal Tropical precisa ser mais que adaptação de modelo: precisa ser reconstrução coletiva do futuro, com conselhos populares do clima, arranjos produtivos locais verdes e uma nova relação com os ecossistemas que sustentam a cidade.

Reterritorializar a política climática

A força do Green New Deal está em sua maleabilidade: não é fórmula pronta, é horizonte em disputa. Para não se perder na tecnocracia, precisa ser reterritorializado — vivido, discutido e construído nas margens, nos interiores, nas florestas e nas cidades periféricas. Na Amazônia e no sertão, nas comunidades pesqueiras e nas escolas públicas, nos saberes indígenas e nas tecnologias sociais.

Na COP30, que acontecerá em Belém, o Brasil terá a chance de mostrar que é possível fazer política climática com justiça, com gente, com chão. Mas essa liderança não pode ser apenas diplomática — ela tem que nascer nos territórios, como Macaé.

Desafio lançado

O desafio está lançado: transformar o Green New Deal em uma política climática com rosto, endereço, sotaque. Em Macaé, isso significa encarar o modelo fóssil de frente, propor alternativas energéticas, escutar os mais vulneráveis, apostar na juventude e nos saberes locais.

Se o Green New Deal parece esvaziado nos palácios, ele ainda pulsa nos territórios. Cabe a nós, aqui, fazer dele uma linha de fuga — não para fugir do mundo, mas para inventar outro.

Fonte: Jornal Europa Verde- Alemanha 01/04/25

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