{ "@context": "https://schema.org", "@type": "NewsMediaOrganization", "name": "Desafios com Jorge Aziz", "alternateName": "Desafios com Jorge Aziz", "url": "/", "logo": "/imagens/120x100/layout/logo_ba3a032a6855389c766e98a652e6c33f.png", "sameAs": [ "https://www.facebook.com/rjnewsnoticiasface", "" ] }{ "@context": "https://schema.org", "@type": "WebSite", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/busca/{busca_termo}", "query-input": "required name=busca_termo" } } .header-coluna { background: url(/hf-conteudo/templates/the-big-journal-v3/img/header/blogs.jpg) center center #000; background-size: cover; height: 250px; z-index: 999999; } .header-coluna-logo { background: url(/hf-conteudo/s/layout/blog_23_628bb0.jpeg) no-repeat center; background-size: contain; width: 100%; height: 250px; position: absolute; z-index: 1; margin-top: 0px; left: 0; } .header-coluna-logo-cor { position: absolute; z-index: 1; width: 100%; height: 250px; background: cc; } .maxh70 { max-height: 70px; } .margin-top-70 { margin-top: 70px; } 5s3q8

O Samba que Nos faz Viver 6p4j4z

Escrevendo a sua história e683z

Por Jorge Aziz em 04/03/2025 às 00:30:32

Desfile Beija Flor 2025

O carnaval do Rio de Janeiro não é apenas um espetáculo. Não é apenas um desfile. Não é apenas uma festa. O carnaval é uma língua, um dialeto tecido entre o batuque e a dança, entre o suor e a devoção, entre o enredo e a vida. Um idioma que se escreve nos corpos em movimento, na vibração das arquibancadas, no brilho das fantasias, na sinfonia das baterias e, sobretudo, na emoção que atravessa os tempos e os territórios.

E na noite em que Neguinho da Beija-Flor se despede da avenida, Nilópolis chora. Mas não é um pranto de adeus, é um choro de reconhecimento, de gratidão, de orgulho. É o som que ecoa do peito de um povo que fez do carnaval sua casa, seu altar e sua bandeira.

Quando os primeiros acordes ressoam, a Sapucaí se transforma em um terreiro sagrado. Cada baiana que gira, cada mestre-sala que desliza, cada porta-bandeira que tremula sua insígnia é um mensageiro da ancestralidade. O desfile avança como um cortejo mitológico, onde os deuses dos quilombos se fazem presentes, onde os tambores ressoam como batidas de corações que pulsaram séculos atrás. O samba é rito, celebração, resistência.

Ali, na arela iluminada, a Beija-Flor não é apenas uma escola. Ela é uma nação, um povo que ergue sua própria história a cada verso cantado. E Neguinho foi seu profeta. Seu guardião. Sua voz. Sua alma. A voz que embalou carnavais gloriosos, que ergueu sonhos, que fez Nilópolis inteira acreditar na força do samba.

No como da bateria, cada folião sente no corpo o peso e a leveza de fazer parte desse enredo maior que qualquer espetáculo: a construção de uma identidade. O carnaval do Rio é, ao mesmo tempo, um grito e um sussurro. É a favela que dança, é a periferia que canta, é o trabalhador que brilha, é o morro que desce e pisa forte no chão da cidade para lembrar que sua arte é potência, que sua cultura é imortal.

E Neguinho, esse que agora despede-se do papel de puxador, jamais deixará de ser a voz que leva Nilópolis ao mundo. Seu canto continuará a pairar sobre a avenida como uma benção, como um eco eterno de um tempo que jamais se apagará.

Salve Neguinho da Beija-Flor! Sua voz não nos deixa. Ela nos faz viver.

Ler anterior

Uma Nova Roupagem para o Arranjo Neo liberal da Crise do Desemprego Estrutural 5d2v48

Ler próxima

O Silêncio das Vozes Protetoras 731v3g

Corretora
Zion